terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Tudo é sobre controle.

Finalmente um longo ano terminou deixando seus rastros por todos os cantos. É impossível não ver a metamorfose que ocorreu em longos dias de um só ano. Talvez finalmente a metamorfose tenha ganhado força, o impossível será fazer com que ela pare, volte ao zero, ao ponto de onde começou. Nisso já penso que entre a questão do controle. Todo ser humano vive sob controle, mas aqui eu digo sobre o próprio controle, aquele exercido por ele mesmo, e não por terceiros e instituições controladores de que tanto se fala. O que também seria hipocrisia dizer, já que independente de todas as outras formas de controle, a que mais prezamos é o nosso próprio controle. Não damos um passo sem perder o controle, estamos nos policiando a todo momento para que não cometamos nenhum deslize ou infração social, que nos tire o direito de sermos livres. Se fossemos atender aos nossos desejos reais, creio que não poderia existir o controle, de forma alguma. Resumindo, todas as pessoas são bombas-relógio, sempre com sua contagem regressiva para perder o controle por alguns instantes até que a bomba seja colocada sob repouso novamente, para que tudo possa seguir em ordem, monótono, como sempre esteve. Agora, se formos pensar, é uma antagonia entre a ordem e o caos. Vivemos na ordem desejando o caos, e se isso não acontece, é porque os que preferem a ordem, já perderam seus sentidos, não tem mais forças para reagir, lutar. Finalmente conseguiram se educar para que sempre estejam controladas, para que nunca percam a razão, para que nunca respondam por elas mesmas. Acredito que essa metamorfose seja então necessária. Mesmo apresentando tantos opositores anti-caos desejando que a mudança não aconteça. A pessoa não será a mesma depois disso, e enfim um atrito começará entre a ordem e o caos, sem saber onde isso irá chegar, sem saber quem estará com a razão, ou a falta de. A resolução disso tudo eu não sei dizer, acredito não ter uma resposta formada, assim como não conheço ninguém que a tenha. Talvez isso apenas demonstre como tudo é complexo, muito mais do que por em palavras ou explicações, vai muito além.