sábado, 27 de março de 2010

Doubt.

Estranha essa inquietação humana. Eu diria mais, estranha essa inquietação individual humana. Quantas vezes já não fomos surpreendidos por nos pegar pensando longe e coisas que poderiam ser óbvias ou irrelevantes. Mas são exatamente essas coisas que nos puxam para essa inquietação de perguntas sem respostas. Tudo é estranho, tudo. Desde o gesto que você faz quando acorda, até o porque de seu último pensamento do dia. Talvez isso seja carência, ou talvez seja a necessidade de se sentir especial de alguma forma. Mesmo nós em nossa estática em relação ao universo, ficamos por aí, boiando, em uma rota fixa, que nem ao menos entendemos. E ainda sim sentimos a necessidade de querer algo a mais. Algo que de sentido a tudo isso, algo que nos faça perceber o quanto isso é especial, algo que apenas nos de tranquilidade, sem se importar com o primeiro pensamento do dia, e o deitar na cama para mais uma noite de sono.

domingo, 14 de março de 2010

Go walking.

E lá se foi o ônibus, cheio de estranhos em minha volta. Não sabia ao certo como as coisas estavam naquele momento, deixei muita coisa pra trás, com uma promessa de incontáveis outras coisas pra frente. Eu sabia que aquele era um ponto final. Ou eu poderia dizer que era uma vírgula, com a promessa de uma pausa, indicando um retorno futuro. Mas isso seria apenas pra eu me sentir melhor, já que cada uma das opções teria um peso grande. Não poderia dizer que tudo seria apenas como sempre foi. Lembrei dos rostos, todos sorrindo pra mim, um sorriso sincero, um sorriso de compaixão. E sabia que tudo faria sentido quando o ônibus voltasse. Durante a viagem, o céu apareceu, com estrelas tímidas, como eu me senti inúmeras vezes. Não sei dizer se isso também ficou comigo, ou ficou na plataforma, quando entrei naquele ônibus, cheio de significados. Porém, algumas coisas ficaram no ônibus, aquelas coisas que sinto um peso enorme, e que finalmente rolaram.