quarta-feira, 16 de dezembro de 2009
Hurricane.
O céu escureceu, com toda a sua força e soberania, enquanto ele deixava tudo em um tom azul escuro, realmente escuro, o vento começava soprar cada vez mais forte, eu me encontrava parado no meio de tudo isso, com o pensamento no vento, me deixando penetrar por ele, e os pensamentos rodavam furiosamente em minha cabeça, logo pensei que talvez fosse uma borboleta batendo às asas no meu inconsciente e gerando um furacão na superfície, não cheguei a nenhuma conclusão, minha atenção se voltou a um raio que cortou o céu como eu nunca tinha visto, o céu, que permanecera tão escuro, resolveu brilhar, brilhar com toda a sua força pra mostrar que ele ainda estava ali, e não pretendia sair tão cedo, talvez aquilo foi uma fração de segundo, mas em minha cabeça, a cena se repetiu seguidas vezes, me perdi no tempo mais uma vez, me deixei levar pelo vento descontrolado que passeava por mim, até quando senti um pingo gelado e úmido em meu ombro, aquilo me despertou novamente, e com ele vieram mais incontáveis pingos, vieram me lavar, lavar a borboleta, lavar o inconsciente, deixar tudo úmido, com o cheiro típico de terra molhada, que nos faz perceber que quando aquilo tudo secar, os pingos voltarão de onde vieram e talvez o sol apareça novamente.
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